Revista Indústria Brasileira - Fevereiro 2022

Jovens que cursam educação profissional junto com a educação regular Áustria Suíça Finlândia Rússia União Europeia Países da OCDE México Chile Colômbia Brasil 76% 67% 53% 46% 43% 38% 34% 29% 24% 9% Áustria Dinamarca Holanda Noruega Suíça Alemanha Brasil 2 a 4 anos 3,5 a 4 anos 2 a 4 anos 4 anos 2 a 4 anos 3 anos 1 a 2 anos Fonte: Education at a glance 2021 – OECD 2021 Fonte: Comissão Econômica para a América Latina–CEPAL (2014) Duração do programa de aprendizagem trabalham em áreas generalistas, que não demandam uma formação profissional es- pecífica, atuando como escriturários, agen- tes, assistentes e auxiliares administrati- vos, conforme o sistema de Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2019. No Canadá, a ocupação com mais aprendi- zes é a de eletricista, com 15% do total. Na Alemanha, a maior concentração é de 6%, no secretariado. “O que era para gerar emprego virou pro- grama social. Daqui a pouco vamos ter um apagão de mão de obra se não facilitarmos a entrada dos nossos jovens na indústria”, reforça Thômaz Nunnenkamp. NECESSIDADES DA INDÚSTRIA 4.0 Segundo a Lei da Aprendizagem, o jo- vem aprendiz precisa ter entre 14 e 24 anos, estar matriculado a partir do 9º ano do en- sino fundamental/da Educação de Jovens e Adultos (EJA) ou já haver concluído o en- sino médio. Para pessoas com deficiência, não há limite de idade. Além disso, os con- tratos de aprendizagem não podem durar mais de dois anos. O SENAI defende a expansão do tem- po do contrato em um ano (para até três anos, portanto), com o intuito de possibi- litar uma maior sinergia com o novo mo- delo do ensino médio, permitindo aborda- gens inovadoras que fortaleçam o sistema dual. Na Áustria e na Noruega, por exemplo, os contratos duram até quatro anos. Na Ale- manha, três anos. Outro ponto importante é a possibilida- de de elevar a idade mínima dos aprendizes para 16 anos, visando permitir sua atuação nas áreas de produção da indústria. “Do jeito que está, a aprendizagem não está boa nem para a empresa, nem para o jo- vem. As profissões estão se transformando e a formação profissional ganha mais relevân- cia por causa das novas tecnologias, funda- mentais para a indústria 4.0”, destaca o ge- rente-executivo de Educação Profissional e Tecnológica do SENAI, Felipe Morgado. ■ 45 Revista Indústria Brasileira

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