Revista Indústria Brasileira

POR DENTRO DAS LIGAS DE ROBÓTICA Adolescentes de 14 a 18 anos Escolas do SESI, públicas e privadas Equipes com até 15 participantes (matriculados no ensino médio) e dois treinadores (adultos responsáveis) Utilização de circuitos elétricos e peças de encaixe, geralmente por profissionais de Engenharia Essa será a 4º temporada no Brasil Crianças e adolescentes de 9 a 19 anos Apenas escolas do SESI. Colégios públicos e privados são cobertos pela Associação Projetando o Futuro Equipes de 3 a 6 competidores e 2 técnicos (adultos responsáveis) Carros projetados em ferramentas de desenho 3D e impulsionados por CO2 Essa será a 4ª temporada no Brasil F1 School FIRST Tech Challenge (FTC) FIRST Lego League (FLL) Crianças e adolescentes de 9 a 16 anos Escolas do SESI, públicas e privadas Equipes de 2 a 10 competidores e 2 treinadores (adultos responsáveis) Construção de robôs a partir de peças fornecidas pela Lego Essa será a 10º temporada no Brasil Aos 13 anos, a integrante da equipe The Kings Sofia Echer Vianna Palauro está na torcida para a retomada presencial da com- petição. “O que eu mais gosto nos torneios de robótica é que aprendemos muito por meio das brincadeiras, temos a oportuni- dade de conhecer pessoas incríveis, e os mo- mentos em que nós festejamos nossas con- quistas são únicos”. Prestes a completar 14 anos, Kayo Iesus Sardi da Silva também integra a The Kings e não vê a hora de as atividades começa- rem. “Espero muito dessa temporada por- que ela abrange várias situações, com pro- blemas diferentes. E para esses problemas existem várias soluções que podem fazer uma diferença imensa no mundo. Espe- ro de coração que eu leve essa temporada para toda a vida”. Para o técnico dos dois estudantes, a ex- pectativa é muito boa. “Trata-se de um tema muito desafiador tanto para a gente enquan- to técnico quanto para os alunos. Sabemos que as dificuldades relacionadas à logística e ao transporte cresceram muito na pande- mia, então acredito que foi por isso que eles escolheram esse tema. Estamos com uma equipe renovada, e os meninos estão com bastante gás”, diz Cezar Francisco Bolonini. É exatamente com esse gás e essa em- polgação de estudantes e técnicos que a ge- rente do SESI conta para o sucesso da tem- porada 2021/2022 dos torneios de robótica. “A criatividade e a imaginação desses me- ninos estão sempre surpreendendo e tra- zendo projetos de inovação bastante inte- ressantes para a sociedade como um todo’’, comemora Kátia. ■ ▶ A estudante Sofia Echer, 13 anos, está na torcida para a retomada presencial da competição de robótica A cada ano é lançado um desafio para os estudantes. O desta nova temporada consiste no desenvolvimento de soluções para o transporte e a logística de bens es- senciais. Batizada de Cargo Connect , ela desafia os jovens a aplicar nos seus proje- tos conceitos de STEAM (acrônimo em in- glês para ciências, tecnologias, engenharia, arte e matemática). Os avanços dos estudantes que partici- pam das competições são visíveis, como ex- plica o professor e técnico da equipe The Kings , do SESI de Linhares/ES, Cezar Fran- cisco Bolonini. “Eles conseguem desen- volver habilidades que, muitas vezes, não são comuns dentro de sala de aula. Aspec- tos como raciocínio lógico e criatividade são aguçados enquanto eles se preparam para o torneio”. Embora as equipes tenham técni- cos, Bolonini explica que é os estudantes que fazem com que o projeto dê certo. “É tudo estratégia deles. A gente está ali só como um intermediador dos conhe- cimentos que eles vão adquirindo. Ape- nas os norteamos”. Essa também é a essência do F1 in Schools. Desenvolvido pela própria Fórmu- la 1 , o projeto reproduz desafios profissio- nais envolvidos em uma corrida de carros, desde a criação da escuderia até o enfren- tamento nas pistas. As equipes funcionam como pequenas empresas. Assim, além do desenvolvimento de carros em miniatura que vão de 0 km/h a 80 km/h em menos de um segundo, os times também precisam desenvolver um plano de negócios e bus- car patrocínio para cobrir os custos da com- petição, como a confecção de uniformes, a alimentação e o transporte. Um diferencial dessa competição é que as equipes precisam desenvolver um projeto social, que pode ser usado como critério de desempate no resulta- do. No Brasil, o F1 in Schools é operado pela Associação Projetando o Futuro, em parceria com o SESI. Conforme explica a gerente de Educa- ção Tecnológica do SESI, Kátia Marangon, “estamos pensando não na competição, mas principalmente na cooperação e na inova- ção. É como se fosse a construção de uma identidade das equipes, que ultrapassa a questão da competição e desenvolve nos es- tudantes a curiosidade e a habilidade para a iniciação científica”. EXPECTATIVA Em virtude da pandemia de Covid-19, as competições da temporada anterior fo- ram realizadas de modo remoto. No ciclo que se inicia, contudo, a previsão é de que os eventos já ocorram de forma presencial. Nesse sentido, o SESI está trabalhando para que os torneios nacionais, que classificam para os mundiais, aconteçam entre os dias 27 e 29 de maio de 2022, dando mais tempo para a vacinação de todos. 44 45 Revista Indústria Brasileira ▶ setembro 2021 Revista Indústria Brasileira ▼ SESI/SENAI/IEL

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