Revista Indústria Brasileira

Educação empreendedora por JANGUIÊ DINIZ A inovação é o que realmente faz uma empresa seguir competitiva. Também é o que movimenta a economia de um país e traz desenvolvimento. Um dos principais agentes promotores da inovação é a ativi- dade empreendedora. Nesse ponto, o Bra- sil ainda temmuito a melhorar. Precisamos disseminar o empreendedorismo entre nossos jovens. De acordo com o Índice Global de Ino- vação, o Brasil ocupa a 62ª posição entre os 131 países pesquisados, uma colocação ain- da incompatível com a 12ª maior economia do mundo. Na minha ótica, esse problema tem origem na própria maneira como edu- camos nossas crianças e nossos adolescen- tes: não os incentivamos a pensar e agir de forma empreendedora. E aqui não me refi- ro apenas a negócios, mas a ter atitude em- preendedora na vida – primordial para, de- pois, empreender empresarialmente. O Instituto Êxito de Empreendedoris- mo e a Unesco Brasil realizaram uma pes- quisa com estudantes e professores do en- sino médio da rede pública brasileira, e seus resultados corroboram minha tese: 95% dos estudantes e 96% dos docentes consideram importante a educação vol- tada ao empreendedorismo nas escolas. No entanto, esse é um tema ainda deixa- do de lado. Só vemos iniciativas de estímu- lo ao pensamento empreendedor em es- colas privadas – normalmente, as de mais alto padrão. A ideia de que empreender “é coisa de rico” é errada e prejudicial ao pró- prio desenvolvimento econômico do país, e a inovação parece algo distante ou difí- cil – um grande engano. Imagine quantos talentos estão escon- didos nas escolas públicas, nas periferias do Brasil, ou mesmo nos grandes centros. Defendo que todos têm o dom de empre- ender, uns mais, outros menos; basta que sejam incentivados a libertar todo o seu potencial. O Brasil sempre foi “o país do futuro”, e esse futuro nunca veio. Talvez, porque não o preparamos. Essas mentes que estão nas escolas e faculdades hoje serão o futuro da nação e, portanto, pre- cisam ser desenvolvidas agora, a fim de que, lá na frente, deem os frutos adequa- dos. Ter acesso a uma educação empre- endedora, que estimule a inovação, ex- panda a mente dessas pessoas e as faça vislumbrar novas possibilidades de futuro é condição para que também o Brasil en- gate uma crescente de desenvolvimento. Com a pandemia do coronavírus, vimos surgir muitos empreendedores, muitos por necessidade, e outros tantos por oportuni- dade. É emmomentos de crise que o pensa- mento empreendedor e inovador se faz mais necessário, para que as pessoas encontrem as saídas dos problemas e possam se reer- guer. Mas, para tal, o cultivo da cultura em- preendedora, partindo da educação, deve estar cada vez mais presente no cotidiano das novas gerações. ■ ▲ Fundador e Presidente do Conselho de Administração do Grupo Ser Educacional / Presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo 46 Revista Indústria Brasileira ▶ junho 2021 A opinião de articulistas convidadas e convidados não necessariamente reflete a da CNI. ▼ Outra visão O mundo muda a todo instante, numa velocidade cada vez ai r. Novas tecnologias, novos profissionais e um ercado global inda mais competitivo exigem indústrias mais ágeis inovadoras todos s dias. Estar preparado é imprescindível. Esse é o papel funda ental da CNI. Ajudar as indústrias brasileiras a acompanharem esse novo moment contribui para que futuro da indústria também passe por aqui. É bom pa a o Brasil. É bom para t dos. É bompara você. A CNI está construindo hoje o futuro da indústria. É NO PRESENTE QUE A CNI CONSTRÓI O FUTURO DA INDÚSTRIA E DO TRABALHO. Saiba mais em www.cni.com.br /cnibrasil /cni_br /cnibr /cniweb /cni-brasil Revista Indústria Brasileira Publicação Mensal da Confederação Nacional da Indústria - CNI www.cni.org.br Confederação Nacional da Indústria – CNI ▶ DIRETORIA PRESIDENTE Robson Braga de Andrade VICE-PRESIDENTES EXECUTIVOS Paulo Antonio Skaf; Antonio Carlos da Silva; Francisco de Assis Benevides Gadelha; Paulo Afonso Ferreira; Glauco José Côrte. VICE-PRESIDENTES Sergio Marcolino Longen; Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira; Antonio Ricardo Alvarez Alban; Gilberto Porcello Petry; Olavo Machado Júnior; Jandir José Milan; Eduardo Prado de Oliveira; José Conrado Azevedo Santos; Jorge Alberto Vieira Studart Gomes; Edson Luiz Campagnolo; Leonardo Souza Rogerio de Castro; Edilson Baldez das Neves. 1º DIRETOR FINANCEIRO Jorge Wicks Côrte Real 2º DIRETOR FINANCEIRO José Carlos Lyra de Andrade 3º DIRETOR FINANCEIRO Alexandre Herculano Coelho de Souza Furlan 1º DIRETOR SECRETÁRIO Amaro Sales de Araújo 2º DIRETOR SECRETÁRIO Antonio José de Moraes Souza Filho 3º DIRETOR SECRETÁRIO Marcelo Thomé da Silva de Almeida DIRETORES Roberto Magno Martins Pires; Ricardo Essinger; Marcos Guerra; Carlos Mariani Bittencourt; Pedro Alves de Oliveira; Rivaldo Fernandes Neves; José Adriano Ribeiro da Silva; Jamal Jorge Bittar; Roberto Cavalcanti Ribeiro; Gustavo Pinto Coelho de Oliveira; Julio Augusto Miranda Filho; José Henrique Nunes Barreto; Nelson Azevedo dos Santos; Flávio José Cavalcanti de Azevedo; Fernando Cirino Gurgel. ▶ CONSELHO FISCAL MEMBROS TITULARES João Oliveira de Albuquerque; José da Silva Nogueira Filho; Irineu Milanesi. 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