Revista Indústria Brasileira - Maio 22

são cobertas pela tecnologia 4G e de tre- chos de estradas que ainda não possuem si- nal de internet móvel. Em relação aos retornos para a indústria, o deputado Vitor Lippi vê a chegada da rede de quinta geração como necessária à compe- titividade. “Se os outros países, como China, Coreia do Sul, Japão, Alemanha ou Estados Unidos, tiverem a tecnologia 5G e nós não ti- vermos, certamente as nossas empresas não conseguirão competir”, analisa. Luciano Stutz, da Abrintel, está otimista com a chegada do 5G. “Considerando tudo por que passamos durante a pandemia, o Brasil fez o seu papel dentro do tempo que foi possível. Aprovamos os termos e fizemos a nossa maior licitação de radiofrequências em um período complicado pelo isolamen- to social e por todas as demais restrições ad- vindas da pandemia”, comemora. Ele pondera que, mesmo nos países onde o 5G já funciona comercialmente em algu- mas cidades, os impactos da pandemia tam- bém foram sentidos. “A implantação do 5G no Brasil segue seu ritmo para cumprimen- to das metas da Anatel, e as capitais brasi- leiras deverão ter a nova tecnologia implan- tada até 31 de julho de 2022”, prevê. PRÓXIMOS PASSOS Apesar de o projeto ter sido aprovado por ampla maioria dos deputados federais, in- clusive com o apoio de parte expressiva da oposição, Lippi diz que não foi fácil colocar o texto em pauta. Agora, a matéria segue para o Senado Federal e a expectativa é de que tramite em regime de urgência. “Esta- mos articulando junto à presidência do Se- nado para que isso ocorra, pois é muito im- portante cumprir o prazo previsto no leilão do 5G”, defende o deputado. Ainda que o Senado aprove o texto da Câmara rapidamente, a chegada da rede de quinta geração nas capitais deve atra- sar em até dois meses. Isso porque, no dia 11 de maio, o Grupo de Acompanhamento das Obrigações da Faixa de 3,5 GHz (Gaispi) aprovou o adiamento, em 60 dias, do prazo para a implantação do 5G nas capitais. Até o fechamento desta edição, a deci- são não havia sido avaliada pelo conselho da Anatel, mas foi defendida pelo presiden- te do Gaispi, Moises Moreira, diante da es- cassez de equipamentos necessários à im- plantação da nova rede. ■ POR DENTRO DO 1. Banda Larga Móvel Avançada: focada em altas velocidades de download e upload, para as novas necessidades do usuário convencional. 2. Controle de Missão Crítica: focada em prover conexão com baixíssima latência e altíssima confiabilidade, voltada para aplicações sensíveis a atrasos e erros, como carros autônomos, cirurgias remotas e controle remoto de maquinário industrial. 3. Internet das Coisas Massiva: focada em atender grande quantidade de dispositivos, com alta cobertura e baixo consumo de bateria, levando a Internet das Coisas a um novo patamar de atendimento. Fonte: Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) A nova tecnologia possui três modos de uso: 33 Revista Indústria Brasileira

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