Revista da Confederação Nacional da Indústria

“O ingresso na OCDE deve ser visto como consequência da implementação de boas políticas públicas, mais do que como um objetivo a ser perseguido”, diz o professor de Relações Internacionais da UnB Antônio Jorge Ramalho e reconhecimento internacional para a in- dústria e para os produtos brasileiros”, ex- plica o diretor da CNI. Abijaodi ressalta, ainda, que o alinha- mento dos padrões brasileiros aos padrões da OCDE, internacionalmente reconheci- dos, irá produzir uma espécie de “selo de qualidade” para o ambiente de negócios do país, resultando em maior segurança jurídica, previsibilidade e competitivida- de e, consequentemente, impactando no seu crescimento econômico. INFLUÊNCIA AMERICANA A despeito de o processo de adesão do Brasil à OCDE, em especial nos últimos dois anos, ter sido impulsionado muito em virtude do relacionamento entre o atual governo e a gestão de Donald Trump, a previsão é de que a mudança de gover- no que acontecerá nos Estados Unidos a partir de 2021 não impacte as ambições brasileiras. Como ressalta o professor de Relações Internacionais da UnB, “embora os EUA sejam um país muito influente no am- biente internacional, estamos falando de uma organização composta por 37 países, com suas regras e procedimentos”. “Tanto é assim que o suposto patrocínio dos Es- tados Unidos não implicou qualquer mu- dança de atitude da OCDE no recebimen- to da proposta brasileira”, avalia Antônio Jorge Ramalho. Para o diretor da CNI, o excelente his- tórico de relacionamento do governo bra- sileiro com os Estados Unidos, incluindo aí os governos democratas, vai garantir a continuidade do processo. “Estamos acompanhando a formação da equipe do presidente eleito e a nossa expectativa é de haver um avanço em relação à acessão do Brasil à OCDE em 2021”, diz Abijaodi. ■ 21 Revista Indústria Brasileira

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