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que causou algumas frustrações. “Em deter- minado momento, houve queda de energia em toda uma cidade do interior de São Pau- lo que 'tirou do ar' duas equipes que partici- pavam do F1 in Schools de lá. Conseguimos realocá-las no fim do dia e deu tudo certo”, relata Jane Nóbrega, analista do SESI e co- ordenadora do F1 in Schools. 173 HORAS DE VÍDEOS NA FLL Na FIRST LEGO League, estudantes de 9 a 16 anos têm que desenvolver um proje- to inovador, projetar e programar um robô feito de Lego e, ainda, participar de rounds com execução de tarefas pelo robô. Esse momento, presencial, é um dos mais emo- cionantes, porque as equipes ficam ali, uma ao lado da outra, vibrando, torcendo a fa- vor – ou contra – com direito a gritos de guerra, muita expectativa e lágrimas. Le- var essa experiência para o mundo virtu- al foi um desafio. Para garantir as mesmas oportunidades a todas as equipes, os rounds com os robôs passaram pela chamada dupla checagem: a organização definia uma hora em que as equipes deveriam realizar os quatro rounds a que tinham direito e, dentro do intervalo estipulado, tinham que usar dois celulares: um para gravar e enviar o vídeo com expli- cação das tarefas para a plataforma da dis- puta e outro para realizar uma transmissão ao vivo daquele round. As equipes de FLL também tiveram que gravar vídeos apresentando o projeto de pes- quisa. Assim, considerando as etapas re- gionais e o campeonato nacional, os juízes receberam mais de 173 horas de vídeos en- viados pelas equipes. “Ficamos muito felizes porque consegui- mos adotar um formato que possibilitou re- alizar o festival e, com ele, seguir incenti- vando o ensino da robótica no Brasil, que tanto amplia o interesse dos nossos jovens por áreas como ciências, matemática e tec- nologia”, destaca o diretor de Operações do SESI, Paulo Mól. Em toda a temporada da FLL, mais de 450 juízes voluntários participaram. “Eles dedicaram dias para analisar, de suas ca- sas, sentados em frente ao computador, o AS EQUIPES EM 2021 SESI CLP, do Centro Educacional SESI 316, em Campo Limpo Paulista (SP) 1º ATOMBOT, da Escola SESI Dom Bosco, em São João Del Rei (MG) TITANS L. J. Planalto, do SESI Planalto, em Goiânia (GO) lugar 2º lugar 3º lugar Geartech Canaã, da Escola SESI Canaã, em Goiânia (GO) 1º Starbots, do SESI SENAI CETEM Maria Madalena Nogueira, em Betim (MG) Robossauros, da Escola José de Paiva Gadelha, em Sousa (PB) lugar 2º lugar 3º lugar Spark F1, da Escola SESI SENAI de Criciúma (SC) Fonte: SESI 1º SwordFish, da Escola SESI Anísio Teixeira, em Vitória da Conquista (BA) Pocadores, do SESI Jardim da Penha, em Vitória (ES) lugar 2º lugar 3º lugar FIRST LEGO LEAGUE FIRST Tech Challenge F1 in Schools desempenho das equipes”, conta Marcos Sousa, também do Departamento Nacio- nal do SESI e coordenador da FLL. Como agradecimento, o SESI ofereceu um voucher com refeição cortesia para os avaliadores, que tiveram que trabalhar inclusive no “Dia dos Namorados”. Recebemos feedbacks bas- tante positivos dessa iniciativa, inclusive de alguns casais de juízes que ‘celebraram’ jun- tos o dia 12 de junho”, conta Marcos. Na FIRST Tech Challenge, em que jovens de 14 a 18 anos participam, 35 times compe- tiram. “Foi um grande aprendizado. Dificil- mente vamos fazer um torneio presencial como era antes, pois vimos que é necessá- rio incrementar muitas das coisas que fun- cionaram no remoto, como as transmissões ao vivo e as narrações dos rounds ou jogos, no caso do FTC. As próximas edições serão híbridas”, antecipa Luciana Baroni. F1 IN SCHOOLS Na categoria mais veloz do festival, além da gravação de vídeos e reuniões por video- chamadas com juízes, uma das grandes no- vidades foi a automatização da largada dos carrinhos projetados pelos estudantes. Se na versão presencial cada equipe era responsá- vel por acionar seu disparo na pista de cor- rida, em tempos de pandemia, o SESI adqui- riu a mesma pista utilizada em ummundial de F1 realizado semanas antes na Inglater- ra, na qual o disparo é automático. Assim, todas as equipes tiveram de enviar os carri- nhos para Brasília. Outra inovação desta edição foram as mentorias feitas com cada uma das 31 equi- pes participantes da competição. “Foi uma das formas que encontramos de tirar dú- vidas e também de tentar engajar os alu- nos”, explica Jane Nóbrega, responsável por essa categoria. Os vencedores foram anunciados em 26 de junho de 2021 em uma cerimônia reali- zada na sede do SESI Nacional, em Brasília, e acompanhada virtualmente por mais de 20 mil pessoas ao vivo. O que fica são as li- ções para fazermos, em 2022, uma edição presencial ainda melhor que a dos anos an- teriores, afirmam, em uníssono, os organi- zadores desta temporada. ■ “ "Ficamos muito felizes porque conseguimos adotar um formato que possibilitou realizar o festival e incentivar o ensino de robótica no Brasil" ▲ Paulo Mól diretor de Operações do SESI 44 45 Revista Indústria Brasileira ▶ julho 2021 Revista Indústria Brasileira ▼ SESI/SENAI/IEL

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