Revista Indústria Brasileira - Maio 22

Com quase 20 anos de atividade, o obser- vatório do Paraná oferece produtos e servi- ços para atendimento de demandas de or- ganizações, setores e territórios relativas às temáticas estratégicas para a economia, a sociedade e o governo. Marília de Souza, gerente-executiva do observatório da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), cita, por exem- plo, o “Setores Portadores de Futuro”, que incentiva o desenvolvimento econômico es- tadual em períodos de, no mínimo, 10 anos. Já o “Rotas Estratégicas”, explica Marília, planeja o caminho do desenvolvimento seto- rial, territorial, de ciência, tecnologia e ino- vação, em ciclos de 2 a 30 anos. O “Cidades Inovadoras” trabalha a preparação de longo prazo de municípios com o objetivo de dar longevidade a projetos estruturantes e ala- vancar o impacto nesses territórios, em pe- ríodos de 10 a 20 anos. “A implementação de um observatório em nível nacional é um avanço institucional im- portante, que trará muitos benefícios para o Sistema Indústria ao difundir práticas e via- bilizar o atendimento em rede para as fede- rações dos estados”, analisa Marília. Mário Cezar de Aguiar, presidente da Fe- deração das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC), afirma que será possível criar um sistema nacional de Big Data – que faz a análise e a interpretação de grandes volumes de dados a serem utilizados para tomada de decisões –, permitindo o acom- panhamento estruturado de indicadores re- levantes para o desempenho da indústria e da economia do país. “O Observatório Nacional irá estruturar uma rede de base nacional que permita o compartilhamento de experiências dos ob- servatórios existentes no país, a sinergia e a otimização de recursos, além da dissemi- nação de conhecimento para todas as uni- dades da Federação”, exemplifica. Aguiar observa que o trabalho em rede também será importante para fomentar o surgimento de novos observatórios e defi- nir temas prioritários de estudos e análises para o empresário industrial. “A formação de um Observatório Nacio- nal cria, ainda, a oportunidade de geração de negócios e novas receitas para o Sistema Indústria. Esses aspectos convergem para o fortalecimento da indústria brasileira, uma vez que o observatório dará apoio à toma- da de decisão, com análise de indicadores, prospecção de cenários e acompanhamen- to de tendências”, argumenta. Márcio Amorim explica que um dos pi- lares do Observatório Nacional é o Big Data corporativo. De acordo com o gerente-exe- cutivo do projeto, o observatório está num processo de integrar, no Big Data, cerca de 160 bases de dados de temas de interesse da indústria. Os dados incluem dimensão econômica, mercado de trabalho, educação, tecnologia e inovação e saúde. Segundo ele, a expectativa é reduzir em 60% o tempo mé- dio de realização de estudos. “Concentrando essas bases e possibili- tando o acesso às federações e aos obser- vatórios, os dados estarão organizados e acessíveis para que as federações possam desenvolver os seus estudos”, comenta. Os dados serão organizados dentro de seis eixos: tecnologia e inovação, saúde, edu- cação, trabalho, futuro da indústria e, por fim, indicadores setoriais. A partir disso, afirma Amorim, podem ser feitas reflexões ▶ O presidente da FIEC, Ricardo Cavalcante, conta que o Observatório da Indústria cearense temmais de 20 cientistas de dados F: José Sobrinho 20 Revista Indústria Brasileira ▶ maio 2022 ▼ Capa

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