Revista Indústria Brasileira

com investimentos de mais de um bilhão. Nós te- remos o leilão da Rodovia Presidente Dutra, com mais R$ 14 bilhões de investimentos, a ligação Rio-São Paulo, o leilão da BR-381 em Minas com a BR-262 no Espírito Santo... aí são mais 10 bilhões de investimento. Teremos o aeroporto de São Gon- çalo do Amarante (RN) e a privatização do Porto do Espírito Santo, que vai ser a primeira privatização portuária da história do Brasil. Então, é ummarco no nosso setor portuário e vai trazer alguns bilhões de investimentos e uma celeridade na forma como esses contratos são administrados. Então, a conces- são emque a gente contrata o gestor do condomínio portuário, que vai ter uma série de responsabilida- des, vai trazer eficiência para a operação portuária. O senhor destacaria algumoutro projeto? Sim, há ainda o leilão da Ferrogrão. Só na Ferrogrão, es- tamos falando de R$ 12 bilhões de investimentos. E temos a possibilidade de autorizar os investimen- tos privados por meio dos instrumentos de autori- zação do setor portuário e do setor ferroviário, caso o projeto de autorização de ferrovias seja aprova- do. Observe que só no mês de abril foram contra- tados R$ 54 bilhões de investimentos privados. Isso significa, nos números atuais, quase 10 vezes o or- çamento do Ministério da Infraestrutura. O cami- nho para destravar a infraestrutura no Brasil é re- almente a atração do capital privado. O que podemos esperar para 2022? Em 2022 va- mos manter a linha de transferir ativos para a ini- ciativa privada, pois temos muitos leilões programa- dos. Serão 16 aeroportos em três blocos, incluindo Congonhas e Santos Dumont, e a relicitação de Vi- racopos emCampinas (SP). Isso faz comque a gente transfira toda a rede para a iniciativa privada. Tam- bém teremos leilões de muitas rodovias. São milha- res de quilômetros de rodovias que servem a setores resilientes da economia ou que ligam cidades gran- des. Continuaremos com os contratos de renovação antecipada de ferrovias, que trazem bilhões de re- ais de investimento para o setor ferroviário. Tere- mos, ainda, a privatização do Porto de Santos, que é o maior porto da América Latina. O senhor já tem uma estimativa de números para o mandato do atual governo? A gente vai dei- xar R$ 260 bilhões contratados até o final do ano que vem, que vão ter uma repercussão econômi- ca muito grande. Esse é um grande legado que vai ficar, a partir de 2024-2026, que é quando esses in- vestimentos estarão, de fato, se materializando. O Brasil vai se tornar um grande canteiro de obras, muitos empregos serão gerados e muitos pais de família terão oportunidades. Estamos falando em milhões de empregos com esse volume de investi- mento, tanto por via direta quanto indireta, e tam- bém de arrecadação para os municípios. ■ 23 Revista Indústria Brasileira

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