Revista Indústria - Abril 22

áreas automotiva, química, metalmecânica, automação, meio ambiente, tecnologia da informação e farmacêutica, entre outras. O superintendente de Inovação e Tec- nologia do SENAI, Jefferson Gomes, des- taca que a instituição tem, hoje, vários produtos e processos, que vão desde ino- vações mais simples até projetos de pes- quisa complexos, como é o caso de empre- sas que já soltaram satélites no espaço ou que desenvolveram submarinos autôno- mos. “Tem o arcabouço de projetos gran- diosos, como o de uma vacina, mas tam- bém existem projetos para ajudar uma pequena e média empresa a desenvolver seu produto”, afirma ele. Gomes explica que o SENAI atua em duas frentes no apoio às empresas: inova- ção e produtividade, com a oferta de diver- sos serviços e consultoria em cada uma de- las. “Na parte de produtividade, você tem esse mundo do cotidiano, técnicas organi- zacionais, técnicas tecnológicas para colo- car nas empresas e, daí, o SENAI e o SESI trabalham constantemente o dia a dia des- sas empresas”, diz Gomes. Desde que foi criada, em 2004, a pla- taforma já selecionou mais de mil proje- tos inovadores, nos quais foram investidos mais de R$ 900 milhões, relata Gomes. As propostas escolhidas recebem recursos e apoio para desenvolvimento de uma pro- va de conceito, passando por processos de validação, de protótipo e de teste na rede de inovação e tecnologia do SENAI. Os pro- jetos resultaram em novos produtos, pro- cessos ou serviços de caráter inovador, in- cremental ou radical, atendendo até hoje a mais de 1.200 empresas. A Rede de Institutos SENAI de Inova- ção foi criada em 2013 com o intuito de atender às demandas da indústria nacio- nal. Os investimentos realizados já somam R$ 1,2 bilhão, aplicados em 1.332 proje- tos de Pesquisa, Desenvolvimento e Ino- vação (PD&I). A estrutura conta com mais de 920 pesquisadores, sendo que cerca de 45% possuem mestrado ou doutorado. Por serem reconhecidos como Instituições de Ciência e Tecnologia (ICT), os Institutos SENAI de Inovação possuem acesso a di- versas fontes de financiamento não reem- bolsáveis para projetos de PD&I. MEI TOOLS Outra plataforma criada pela CNI é a MEI Tools, que reúne instrumentos de ino- vação disponíveis no Brasil e traz informa- ções sobre linhas de financiamento para startups. Atualizado trimestralmente, o site oferece informações sobre um conjunto de ferramentas para fortalecer a capacidade de inovação das empresas. Há duas manei- ras de consultar o conteúdo: fazendo down- load da publicação ou usando a ferramenta de busca do site, por meio de filtros. “É, basicamente, um catálogo em que reunimos informações que a empresa pre- cisa saber para conseguir apoio para o seu projeto de inovação”, explica Marcos Bra- ga Arcuri, especialista de desenvolvimento industrial da CNI. Segundo ele, a rede de parceiros MEI Tools é composta por insti- tuições públicas e privadas de todo o Bra- sil. Ali é possível encontrar desde finan- ciamentos e linhas especiais do BNDES, da FINEP e de bancos de desenvolvimento estaduais até instrumentos de subvenção – dinheiro não reembolsável para apoiar projetos de inovação. Entre os serviços oferecidos pelo Siste- ma Indústria, Arcuri cita a parceria com a SOSA, empresa israelense de inovação aberta que possui uma base de milhares de startups. O acordo possibilita que in- dústrias e startups no Brasil tenham aces- so a ecossistemas de tecnologia em Nova Iorque e Tel Aviv. Em julho de 2021, seis startups brasileiras que trabalham com tecnologias inovadoras nas áreas de cida- des inteligentes, indústria 4.0, segurança 13 Revista Indústria Brasileira

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