Revista Indústria - Abril 22
com o passo a passo de como levar a em- presa a um nível de exportação, desde o rótulo do produto até a nomenclatura in- ternacional para identificá-lo”, diz Ludmyl- la. “Vemos, também, que tipo de produto cada região poderia comprar, que tipo de produto seria interessante para cada país. É uma capacitação completa”, avalia ela. Essa, contudo, não foi a primeira vez que a Cheiro da Flor recorreu aos servi- ços do Sistema Indústria. Antes da pan- demia, quando a empresa ainda não era administrada por Ludmylla, houve uma rodada de crédito com bancos que ofere- ciam empréstimos por meio do Núcleo de Acesso ao Crédito (NAC), programa criado em 2015 que já apoiou mais de 12 mil em- presas brasileiras. Por meio de uma rede presente em 24 unidades das Federação e no Distrito Federal, a equipe de especia- listas do NAC orienta e ajuda as empresas a identificarem as linhas de crédito mais vantajosas para seu negócio. “O papel do NAC é informar e facili- tar”, diz José Luiz Diniz, assessor da vice- -presidência da Federação das Indústrias do Distrito Federal (FIBRA). Ele cita como exemplo um convênio em âmbito nacio- nal com a Caixa Econômica Federal, que começou apenas em Brasília e depois foi ampliado para todo o país. Acertada em 2020, a parceria com a Caixa tem o obje- tivo de facilitar o acesso a financiamen- to. Os recursos disponíveis são de linhas como Giro CAIXA, Pronampe, Fundo de Aval às MPEs (FAMPE) e Fundo Garanti- dor para Investimentos (FGI). Juntas, as instituições movimentaram R$ 166,8 milhões em crédito para Micro e Pequenas Empresas (MPEs) nos últimos dois anos. De acordo com o levantamen- to feito pelo NAC, os maiores volumes fo- ram solicitados no Distrito Federal, no Paraná e em São Paulo, que responderam por, respectivamente, R$ 90,5 milhões, R$ 23 milhões e R$ 12 milhões. Ao todo, 385 contratos foram firmados em todo o país. A Rede NAC é a responsável por fazer a conferência dos documentos, a seleção das empresas que buscam crédito e o envio para a Caixa, após os interessados preen- cherem o formulário de inscrição no site. João Baptista de Lima Guimarães, res- ponsável pelo NAC da Federação das In- dústrias do Estado do Paraná (FIEP), des- taca que o papel do núcleo “é entender a real necessidade que o empresário tem e, com essa informação, conversar com os agentes financeiros, que podem ser públi- cos, privados ou cooperativas, para ten- tar identificar as linhas de crédito com as melhores condições de atender àquela ne- cessidade específica”. Segundo ele, no Pa- raná, foram atendidas 400 empresas em 2020 e 210, em 2021. Amaro Sales de Araújo, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN), informa que, no ◀ José Ricardo Roriz (Abiplast) acredita que a crise atual é uma oportunidade para que as empresas se capacitem 11 Revista Indústria Brasileira
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