Revista Indústria Brasileira

porque o Brasil tem perdido terreno no pa- norama da indústria global, movimento que precisa ser revertido com urgência. Até 2014, estávamos entre os 10 maiores produ- tores industriais no ranking mundial, mas, depois de quedas sucessivas, passamos à atual 16ª posição. Para voltarmos a figurar na elite produtiva, é fundamental que se in- vista pesado em inovação tecnológica, que é a base da indústria do futuro. A indústria 4.0 vem revolucionando pro- cessos, produtos e modelos de negócios. O avanço da digitalização proporciona mais fle- xibilidade nas linhas de produção, aumenta a eficiência no uso de insumos, integra me- lhor as empresas às cadeias globais de va- lor e transforma profundamente o mundo do trabalho. Num cenário em que a veloci- dade, a eficiência e a confiabilidade são cada vez mais exigidas de todos, o atendimento às demandas dos consumidores pode ser fei- to de modo mais célere e commenos erros. Também por isso, além de licitar a rede pública de 5G, é necessário assegurar o acesso a um espectro de frequência priva- da para uso da indústria – a exemplo do que acontece em países como Alemanha, Esta- dos Unidos e Japão. As redes privadas não são concorrentes das públicas; ao contrário, juntam-se ao esforço de dar mais celeridade para as comunicações no país. As configura- ções desses sistemas podem variar segundo as necessidades específicas de cada setor ou empresa, com níveis próprios de segurança. Estamos nummomento decisivo. O Brasil não deve errar na implantação das redes 5G, sob pena de perpetuar os crônicos problemas de infraestrutura que dificultamo nosso cres- cimento econômico sustentado. É fundamen- tal que o modelo a ser escolhido para a rede pública, independentemente de qual for, per- mita que o país se posicione na vanguarda da tecnologia de telefonia móvel e transmissão de dados. Também é indispensável viabilizar as redes privadas, que serão decisivas para aumentar a eficiência industrial. Assim, além da rede pública de 5G, é im- portante fomentar a utilização de espectros de frequência privados para uso da indús- tria – a exemplo do que acontece em países como a Alemanha, os Estados Unidos e o Ja- pão. As redes privadas não são concorrentes das públicas. Ao contrário, juntam-se ao es- forço de dar mais celeridade para as comu- nicações no país. As configurações desses sistemas podem variar segundo as necessi- dades específicas de cada setor ou empresa, com níveis próprios de segurança. ■ 7 Revista Indústria Brasileira

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