Revista da Indústria Brasileira

O NOVO PROGRAMA 200 MIL EMPRESAS BENEFICIADAS ATÉ 2027 93,1 MIL EMPRESAS ATENDIDAS DIRETAMENTE Coordenado pelo MDIC, em parceria com SENAI, Sebrae, ABDI, BNDES, Finep e Embrapii BRASIL MAIS PRODUTIVO JAN 2 0 2 4 plataforma de produtividade do SENAI estará disponível para as empresas R$ 2,037 BILHÕES DESTINADOS AO DESENVOLVIMENTO DAS AÇÕES FOCO NO AUMENTO DA PRODUTIVIDADE DE MPMES INDUSTRIAIS O PROGRAMA NA PRÁTICA Dentre os principais diferenciais do programa, o diretor-geral do SENAI, Gustavo Leal, destaca a possi- bilidade de a empresa realizar uma consultoria com- pleta, que possibilita inclusive financiamento. Cada corporaçãopoderá contar comousode umametodo- logia de padrão internacional, internalizada pelo SE- NAI, e que poderá ser utilizada para definir um plano de investimento específico. “Sabemos que a transfor- maçãodigital exige investimentos por parteda empre- sa, coma compra de equipamentos e tecnologia. Uma de nossas atuações dentro do Brasil Mais Produtivo é definir umplano de investimento adequado para que cada empresa possa incorporar essas novas tecnolo- gias digitais corretamente, comummelhor custo-be- nefício e umamelhor eficácia”, detalhou. O novo Brasil Mais Produtivo é composto por quatro modalidades de atendimento, de acor- do com o porte e a estrutura de cada empre- sa. A primeira e mais abrangente é a platafor- ma de produtividade desenvolvida pelo SENAI, que visa atender até 200 mil MPMEs e que esta- rá disponível a partir de janeiro de 2024. Ali, será possível ter acesso on-line a cursos, materiais e ferramentas sobre produtividade e transforma- ção digital, de todos os parceiros do Programa, para promover o aprendizado e a aplicação con- tínua por parte dos participantes. A segundamodalidade, de diagnóstico emelho- ria de gestão, tem como público 50 mil MPEs, que serão orientadas e acompanhadas de forma contí- nua por Agentes Locais de Inovação (ALI) de Produ- tividade e outros instrumentos do Sebrae para au- mento de produtividade, a exemplo do Programa de Apoio à Competitividade Industrial (Procompi). O terceiro estágio prevê consultorias de lean manufacturing e eficiência energética, combinadas com aperfeiçoamento profissional do SENAI – com parceria do SEBRAE e ABDI – para 33 mil micro, pe- quenos e médios negócios. Já a quarta etapa é com- posta por duas frentes, sendo uma delas o desenvol- vimento de tecnologias 4.0 para 360 empresas que serão aplicadas em 8,4 mil MPMEs. A segunda e últi- ma frente vai ajudar a estruturar umplano completo de transformação digital, com a elaboração de pro- jeto de investimento e acompanhamento para até 1,2 mil médias empresas. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com participação do Banco Nacio- nal de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e Em- presa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Em- brapii). Empresas interessadas em participar do pro- grama podem se inscrever no site oficial do programa (http://brasilmaisprodutivo.mdic.gov.br ). “Este é, sem dúvida, um dos maiores programas de aumento de produtividade do mundo”, declarou Gustavo Leal, diretor-geral do SENAI. “Ele é inédito em escala – pretendemos atingir 200 mil empresas – e bas- tante completo: vai desde a sensibilização para ques- tões de produtividade até uma incorporação de fato de novas tecnologias digitais”, explicou, lembrando que a edição anterior do programa conseguiu um aumen- to de 54% de produtividade. E completou: “Ou o Bra- sil acaba com a baixa produtividade ou a baixa produ- tividade vai impedir o Brasil de crescer”. SENAI e Sebrae colaborarão em conjunto para identificar as metodologias mais apropriadas às em- presas atendidas, que passarão por uma jornada com- pleta de acesso ao conhecimento, abrangendo plane- jamento e digitalização de gestão, adoção de melhores práticas de produtividade e consultorias em lean ma- nufacturing (manufatura enxuta) e eficiência energé- tica que conduzam a uma maior eficiência produtiva. Aliam-se a todas essas etapas, o aprimoramento da força de trabalho, a requalificação, transformação di- gital e projetos de smart factories. O diretor-técnico do Sebrae Bruno Quick afirmou que esse é um programa estratégico e considerado prioritário para a instituição. “Ele está sendo desenha- do para ajudar as micro e pequenas empresas (MPEs) a se tornarem mais produtivas e consequentemente mais competitivas no mercado brasileiro e também internacional”, declarou. Bruno Quick vê como fundamental apoiar as MPEs para que o setor produtivo volte a crescer de forma mais acelerada dentro do novo contexto. “Para que a indústria brasileira, que hoje representa 24% do Pro- duto Interno Bruto (PIB) e gera 10,3 milhões de empre- gos, volte a crescer, será fundamental apoiar as MPEs para as oportunidades e os desafios na nova política de neoindustrialização, desenvolvendo assim indústrias na perspectiva do alcance ao estágio de smart facto- ries , as chamadas fábricas inteligentes”. “OU O BRASIL ACABA COM A BAIXA PRODUTIVIDADE OU A BAIXA PRODUTIVIDADE VAI IMPEDIR O BRASIL DE CRESCER” Gustavo Leal (SENAI) 35 34 Revista da Indústria Brasileira #083

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