Revista da Confederação Nacional da Indústria

recém-eleitos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado tomaram pos- se ressaltando a necessidade de vacinar com mais celeridade toda a população e de votar e aprovar propostas indispen- sáveis para o reerguimento da economia brasileira. Também o Poder Executivo, es- pecialmente por meio de declarações de membros da equipe econômica, reforçou o desejo de implantá-las. Dessa maneira, é possível que o novo ciclo de reformas seja, enfim, viabilizado. Como sabe qualquer pessoa que tenha ousado abrir uma empresa no Brasil, a re- forma mais imprescindível e inadiável é a tributária. Complexo e anacrônico, o atual sistema de cobranças de impostos impõe ao contribuinte um número absurdo de obriga- ções claramente desnecessárias. Além disso, as empresas têm custos substanciais para calcular e efetuar o pagamento dos tribu- tos e na administração das diversas declara- ções exigidas pelo Fisco. Não há país desen- volvido que imponha tamanho desconforto às empresas e aos trabalhadores. Do mesmo modo, é muito difícil obter o pleno desenvolvimento com um Estado que sirva como um forte contrapeso a atrapalhar o dinamismo empresarial, como ocorre no Brasil. Por isso, necessitamos tanto de uma reforma administrativa para dar mais efici- ência ao aparato estatal, que deve aprender a fazer mais com menos – em outras pala- vras, prestar um serviço público de boa qua- lidade com custos menores. Espera-se, tam- bém, que essa reforma contribua no esforço em favor do reequilíbrio das contas públi- cas, que foram ainda mais deterioradas no período da pandemia. Estamos todos cansados das diversas res- trições e dos prejuízos causados pelo coro- navírus há mais de um ano. Porém, com a imunização proporcionada pela vacina, que será progressiva, já começamos a respirar novos ares. Aos poucos, o turismo, o comér- cio e a produção industrial vão crescer em níveis mais satisfatórios, trazendo de volta os empregos perdidos. Nosso desafio é enorme, mas será mais facilmente vencido se o Congresso e o go- verno conseguirem assegurar a realização das reformas, adotando, também, todas as medidas pontuais requeridas para ga- rantir o crescimento. Devemos trabalhar com determinação, persistência e muita confiança no futuro. ■ 7 Revista Indústria Brasileira

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