Revista da Confederação Nacional da Indústria

A opinião de articulistas convidadas e convidados não necessariamente reflete a da CNI. ▼ Outra visão Inovação centrada nas pessoas como diferencial estratégico por PAULA HARRACA Vivemos em ummundo em constante trans- formação e, neste cenário de mudanças ace- leradas, não inovar tem se tornado cada vez mais um risco real de sobrevivência para as organizações. Nessa corrida pela inovação, muitas vezes concentramos nossos esforços e investimentos em tecnologias e esquece- mos que os verdadeiros responsáveis pela transformação são as pessoas. Com base nisso, tenho buscado iden- tificar e conceituar os parâmetros que sustentam o que acredito ser o caminho mais autêntico para as organizações evo- luírem nessa jornada. Elenco, abaixo, os 5Cs como uma forma de abarcar o que pre- cisa ser contemplado. O ponto de partida é ter emmente qual é a sua CAUSA . Para que a sua empresa exis- te? Qual contribuição quer fazer para a so- ciedade? Organizações surgem justamente a partir dessas questões e é natural que elas continuem definindo as estratégias e guian- do os caminhos a serem seguidos. O passo seguinte é buscar um conheci- mento profundo e um entendimento em- pático sobre quem são os seus CLIENTES . O que é valor para eles? O que você tem a oferecer está alinhado com o que eles pre- cisam? Análises cuidadosas e contínu- as permitem a perenidade dos vínculos estabelecidos. Para poder materializar a causa numa proposta de valor que tenha o foco do cliente, é fundamental contar com um time de COLABORADORES , pessoas que estejam motivadas, preparadas e engaja- das a entregar soluções, produtos e/ou ser- viços que ofereçam a melhor experiência aos clientes. É importante, também, cui- dar da cultura organizacional. São com- portamentos, sistemas e símbolos que refletem aquilo que é valor para a organi- zação. Isso tudo, e mais o estímulo à “men- talidade do aprendiz” (learning mindset), trará diferenciação à sua estratégia e po- derá abrir novas possibilidades. Como parte essencial do ecossistema, as organizações devem se envolver nas ques- tões relevantes para as COMUNIDADES onde estão inseridas. São elas que acolhem e convivem no dia a dia com a sua empre- sa, são impactadas pelas atividades e podem criar, juntas, um mundo melhor. Por fim, cuide do seu CAPITAL . Os inves- tidores e acionistas são a força motora para que o negócio saia do papel e cresça de for- ma consistente. No momento atual, em que a velocida- de, a hiperconectividade e a transparência são as novas moedas da economia, ofere- cer uma proposta de valor genuína, cen- trada nas pessoas, e estar conectado com o ecossistema ao redor torna-se ainda mais essencial. Esse é o novo mundo, que veio para ficar, e o convite está aberto para to- dos. Vamos embarcar? ■ ▲ Diretora de Pessoas e Inovação da ArcelorMittal 46 Revista Indústria Brasileira ▶ fevereiro 2021

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